AGEU, O PROFETA DA RECONSTRUÇÃO (Ag 1. 1-11).

AGEU, O PROFETA DA RECONSTRUÇÃO (Ag 1. 1-11).

INTRODUÇÃO

A mensagem profética que vamos estudar hoje faz parte do período pós-exílico. O povo judeu já tinha voltado do cativeiro da Babilônia. A nação judaica estava reorganizando a vida política e religiosa impulsionada pela vibração extraordinária da liberdade conseguida, como pode ser vista no Sl 126.

BIOGRAFIA DO PROFETA

Ageu foi o primeiro profeta pós-exílico que procurou animar o povo a um reencontro com Deus.

A data provável de sua profecia foi 520aC, que corresponde ao segundo ano do rei Dario (Ag 1.1).

Ageu foi companheiro de Zacarias e ambos, provavelmente, nasceram durante o cativeiro na Babilônia. O período profético de Ageu foi breve, porém de profunda significação espiritual para restaurar o ânimo do povo, a fim de encorajá-los na reconstrução do templo.

MENSAGEM DO LIVRO

Repreensão (Ag 1.1-11)

As intrigas políticas e religiosas havia causado a paralização das obras do Templo (Ed 4.21).

O povo estava desanimado, descuidou-se da casa do Senhor e chegou a abandoná-la (v.9).

Depois de superadas as crises o rei Dario concedeu autorização para o reinício, mas outras circunstâncias contrárias surgiram: o fracasso da colheita, seca, aflições e tristezas (Ag 1. 6-11).

Ageu foi chamado por Deus para interpretar-lhes a calamidade e incentivá-los a reconstruírem o templo (Ag 1.8). Os líderes são convocados para o trabalho (1.1), pois o povo sem liderança não agirá e nem lutará por um ideal. Deus sempre levantou líderes para conduzir o seu povo e repreendê-lo nas crises; eis a missão dos profetas do passado e dos pregadores de hoje (1Tm 1. 3-7,18-20).

Recomendação (Ag 1.12-15)

A repreensão do profeta teve resultados imediatos e positivos (1.12). Além de apontar o desânimo, o profeta mostrou o caminho que o povo devia seguir (1.13). A promessa da presença de Deus foi a mola propulsora da reação positiva do povo. Esse é o fato que animou alguns homens a praticar grandes feitos no AT; temos como exemplo: Moisés (Ex 3.12), Gideão (Jz 6.16) e Jeremias (1.18). Esta é a promessa de Crista à sua igreja (Mt 28.20).

Animação (Ag 2. 1-9)

O povo que devia construir o novo templo estava desanimado porque não poderia igualá-lo ao primeiro templo, construído por Salomão. As condições dos que regressaram do cativeiro eram precárias. Não havia recursos materiais e nem artífices a semelhança de Salomão (1Rs 5.13-18).

A mensagem profética anunciava a glória do segundo templo como algo permanente e significativo (2.9). O povo não deveria se preocupar com a estrutura e aparência do templo, mas lembrar-se que ali estava o Senhor e a glória do segundo templo seria maior. Esta profecia se cumpre com a pessoa de Jesus Cristo. A presença física de Jesus no templo todos os dias, bem como seu ministério, tornou o templo daqueles dias mais importante do que aquele de Salomão.

Nos dias de Salomão a glória do Senhor SIMBOLIZAVA a presença de Deus. Nos dias de Ageu, o templo receberia, em seu meio, o PRÓPRIO Deus (Lc 2. 28-32; Jo 1.1,14). Bênção (Ag 2. 10-19) O profeta voltou a repreender o povo e também aos sacerdotes porque não estavam aplicados na lei do Senhor (2.15). A bênção de Deus fora suspensa e tudo o que o povo tocava se tornava poluído pela desobediência e pela indiferença espiritual (2. 13,14). A promessa de bênção se tornaria uma realidade após a construção do templo, isto é, após a obediência de reconstruírem o templo, as colheitas se tornariam fartas (2.18,19). A obediência sempre traz resultados positivos (Dt 28. 1-7).

CONCLUSÃO

O livro do profeta Ageu tem uma mensagem vibrante para nossos dias.

O povo de Deus jamais deve esquecer as bênçãos recolhidas e deve aplicar-se no cuidado da casa de Deus, mesmo diante das adversidades.

Hoje temos o compromisso de colaborarmos na edificação da igreja do Senhor Jesus Cristo, com entusiasmo e perseverança. Façamo-lo imbuídos da certeza da presença divina e com grande alegria.

Pensamento da Semana: “Minha é a prata e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos” Ag 2.8